domingo, 4 de novembro de 2012

Eustress e Distress

Você está “distressado(a)” ou “eustressado(a)”? Não entendeu nada? Mas sabe que tem a ver com estresse, não? Pois bem, o famoso estresse é uma epidemia global, reflexo de um tempo em que somos diariamente convocados a lidar com novas informações, a cada segundo. Originada da palavra inglesa “stress”, o estresse é um esforço de adaptação do nosso organismo a situações negativas ou positivas. Este quadro também é vivenciado por outras classes de seres vivos na natureza.
O Eustress é o estresse positivo e o Distress, o negativo. Quando estamos apaixonados, ganhamos na Loteria ou nosso chefe chato foi transferido, sentimos uma sensação boa, o eustress. Mas quando não temos aquela promoção dentro da empresa que tanto aguardávamos; quando nosso filho está doente e temos que ir trabalhar; quando estamos atolados de dívidas e nosso salário continua congelado, aparece então o distress. Todos os dias temos os dois tipos, e a relação entre eles determina nosso grau de saúde. A busca desse equilíbrio depende, basicamente, da personalidade de cada indivíduo e de sua capacidade de adaptação.
De acordo com o médico Hans Selye, que transpôs o termo da Física para a Medicina e Biologia, o estresse apresenta três fases principais, que são:
1ª- Alarme - Quando o organismo tenta se proteger do perigo percebido, do agressor (tanto emocional quanto físico). Nesta fase, se a pessoa conseguir se equilibrar, o organismo volta a funcionar normalmente. Caso contrário ela entra na fase dois.
2ª Resistência – Quando o organismo consome energias na tentativa de buscar o equilíbrio. Com isto, as conseqüências variam de perda da imunidade à supressão de funções corporais. Este período pode levar à terceira fase.
3ª Exaustão ou Esgotamento – Quando aparecem as doenças, como alergias, úlcera, gastrite, depressão, alterações no sono, lapsos de memória e envelhecimento. Nesta fase, faz-se necessário o acompanhamento médico, uma vez que a doença instalada poderá ser reversível, crônica ou fatal.
Quem não sabe de histórias, ou viveu na própria família, caso de pessoas que morreram de repente, por enfarte, derrame? São casos de estresse total. Mas esta não é a sua característica. Geralmente ele se instala devagar. Temos que estar sempre alertas para sintomas que pensamos estar debelados, mas que na verdade continuam lá dentro, em nosso interior. Muitas vezes deixamos de ter aquela dor de estômago que nos incomodava, mas, em compensação, sem perceber, nos tornamos irritados, impacientes e perdendo o sentido da vida. Aí é que “mora o perigo”.
Estresse ideal: Quando a pessoa aprende o manejo do quadro e gerencia a fase de alerta de modo eficiente, alternando entre estar em alerta e sair do alerta. Para quem aprende a fazer isto “o céu é o limite”. O organismo, depois do quadro de alerta, precisa se recuperar. Após esta recuperação, não há dano em entrar de novo em alerta. Se não há um período de recuperação, doenças começam a ocorrer, pois o organismo se exaure e o estresse fica excessivo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário