terça-feira, 6 de novembro de 2012

Aptidão Cardiorrespiratória - Parte 2


Houve um aumento bem significativo em mortes envolvendo doenças cardíacas no Sec. XX, e há dois lados para esse aumento. Por um lado, teve o aumento na longevidade e o sucesso no combate de doenças infectocontagiosas; por outro, teve o aumento do sedentarismo, excesso de gordura e muito estresse. As principais doenças cardiovasculares são:

·         Acidente vascular cerebral (AVC);
·         Doença arterial coronariana (DAC);
·         Doença vascular perferica.

E há uma probabilidade maior de ocorrer essas doenças, se você tiver os fatores de risco determinados. Tem os não modificáveis, que são os relacionados a idade, ao sexo da pessoa e ao seu histórico familiar. E tem os  modificáveis, que são aqueles que podem ser revertidos para evitar possiveis doenças cardíacas. Os fatores de risco são:

1.       Níveis elevados de colesterol;
2.       Hipertensão arterial;
3.       Fumo;
4.       Inatividade física;
5.       Obesidade.

A prevenção continua sendo o modo mais eficaz de reverter esses fatores de risco. E no Brasil, cerca de 300mil pessoas morrem por ano por causa dessas doenças. Mudar a dieta, não fumar, controlar sua pressão, e fazer muitos exercicios aeróbicos são o melhor jeito de controlar esses fatores, apesar de ser difícil. E é recomendado fazer um exame médico preventivo, para saber se você tem ou não chances de ter doenças cardíacas, e também para saber o seu nível de condicionamento aeróbico.

Se tal atividade física não for muito intensa, o sistema cardiorrespiratório irá fornecer oxigênio para que esse músculo tenha a energia necessária para esse trabalho. Pessoas que praticam atividades aeróbicas regularmente são bem menos propenso de ter doenças cardíacas, comparado a pessoas inativas. E é bom fazer atividades aeróbicas desde cedo, porque alguns fatores de risco podem aparecer desde a infância.
Para planejar um programa de exercícios aeróbicos, tem que ser adequado às atividades nesse programa, levando em consideração o tipo de atividade, a intensidade e a duração, e elas tem que ser regulares e agradáveis. A prática dessas atividades, somadas a mudança de hábito sobre suas ações ao dia-a-dia, pode melhorar, e muito, seu condicionamento aeróbico, como por exemplo, o uso de escadas ao invés de elevadores e o uso de caminhadas ao invés do carro para lugares próximos.

Assim que começar o programa de exercícios, se você for uma pessoa com baixa aptidão, é necessário que haja uma progressão gradual conforme você for praticando. Para ampliar o sucesso desse programa, é necessário que se faça um exame médico preliminar, e orientação e conselhos do seu professor de Educação Física. Toda sessão de exercícios deve conter o seguinte:

1.       Aquecimento (8 a 10 minutos)
2.       Exercícios aeróbicos (20 a 40 minutos)
3.       Recuperação (5 minutos)
4.       Alongamento (± 5 minutos)
Para organizar um programa de exercícios, é necessário que o programa deva ser adaptado ao indivíduo, ou seja, pessoas com baixo condicionamento devem começar pouco-a -pouco.

Tabela do programa de exercícios

1.       Frequência                                                                                    3 a 5 vezes;
2.       Intensidade                                                                                   50 a 85% da FC máxima;
3.       Duração                                                                                        20 a 60 minutos;
4.       Atividades                                                                                    Corrida, caminhada, natação, etc.

Há muitos testes para definir a resistência aerobica de um individuo. Tem os testes máximos, que requerem um esforço intenso. Tem os submáximos, que não requerem um esforço intenso. Tem o direto, quando é usado equipamentos que medem o consumo de oxigênio diretamente. Tem os indiretos,que é medido o VO2 max a partir de outras medidas. E tem o de laboratório, que é aquele que é realizado em lugares controlados, com muitos equipamentos específicos.

Aptidão Cardiorrespiratória - parte 1


Para que permanecemos vivos, não precisamos muito de oxigênio e de glicose. E é função do sistema cardiorrespiratório fornecer esses elementos. É necessário que nosso sistema cardiorrespiratório funcione adequadamente durante uma atividade física, para que haja uma transportação adequada de oxigênio e nutrientes para o músculo envolvido, para que não haja uma fadiga antes da hora. A aptidão cardiorrespiratória é essencial para qualquer um, não importando se você estiver realizando uma atividade física ou uma atividade do seu dia-a-dia. Porque esta aptidão é o produto entre a atividade física regular e a capacidade de utilização do oxigênio para produzir energia. Mas há também um fator genético para isso, pois tem algumas pessoas que tenham mai s aptidão do que outras.

A tendência de melhorar essa aptidão é trabalhando no desenvolvimento do músculo cardíaco. E é recomendado fazer os exercícios aeróbicos para melhorar esta aptidão.

A sua percepção mediante o esforço depende de alguns fatores, entre eles, as condições ambientais e a condição de saúde. Porque, por causa desses fatores, uma atividade que requer um esforço médio pode ser percebida como um esforço muito intenso.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Postura e mecânica dos movimentos


O alinhamento corporal e a eficiência nos movimentos estão diretamente relacionados com o bem-estar geral do indivíduo. Os exercícios que desenvolvem a força muscular e a flexibilidade, aliados a uma reeducação neuromuscular que favorecem uma melhor postura e eficiência mecânica dos movimentos. Cada grupo muscular deve ter suficiente nível de força para executar suas funções diárias, cada músculo deve ter suficiente relaxamento para executar suas funções com facilidade; As partes corporais devem apresentar uma flexibilidade que possibilite amplos movimentos; A percepção sinestésica deve ser bem desenvolvida.
A postura 100% correta é, Pés paralelos com peso distribuído igualmente, dobre os joelhos para evitar forçar as articulações, mantenha os quadris em um mesmo nível,mantenha o abdome ereto e contraído, mantenha a coluna alinhada, mantenha o peito ereto e levemente inclinado para frente, mantenha os ombros em uma mesma linha, mantenha a cabeça ereta com o rosto voltado para frente. Já a postura Adequada Sentada é, mantenha as nádegas e a parte superior das coxas como base de apoio, mantenha os pés em repouso sobre o chão, mantenha os joelhos flexionados, com a área poplítea livre da extremidade da cadeira, a fim de evitar interferência na circulação distal. Já deitado, enquanto dormimos a melhor maneira é de lado, com a pernas semi flexionadas e um travesseiro alto para manter o alinhamento da coluna cervical.
Os benefícios de uma boa postura são,Bom Equilíbrio / Aparência atraente ,Aumento da eficiência muscular, Menor fadiga, Menor índice de traumatismo ao sistema musculoesquelético.

- Dores nas costas
Geralmente a pessoa se queixa de uma DOR DIFUSA, na região baixa da coluna vertebral, próxima à cintura e acima das nádegas. A DOR no início pode ser leve e ir aumentando gradativamente, piora com os movimentos e melhora na posição deitada. A coluna parece "TRAVADA" e o doente , devido ao espasmo muscular na região lombar, anda com o corpo rígido ou encurvado. Aos mínimos movimentos surge uma DOR ou uma PONTADA e o doente pode referir uma "FALHA" na sua coluna ou nas pernas. DOR NAS COSTAS comum que todos nós conhecemos aparece principalmente pela manhã e melhora logo após você se levantar e começar a andar. Você sente DOR ao se curvar para lavar o rosto e sempre está em busca de uma melhor posição. Ela em geral desaparece e retorna no fim do dia e você não vê a hora de chegar em casa para tomar um chuveiro quente e se deitar, pois sabe que o alívio virá logo depois. Este quadro doloroso pode se tornar crônico e estar sempre presente ou desaparecer e reaparecer em intervalos variáveis. Ela surge após a pessoa ficar sentada ou de pé por algum tempo; você pode até querer interromper uma conversa para encontrar um lugar onde se encostar durante uma viagem, quando se fica no carro parado no transito ou mesmo durante uma sessão de cinema. Você começa a entendê-la e sabe até prever em que situações ela reaparecerá. Em certos casos ela é tão frequente que a pessoa se sente realmente doente, pode passar por períodos de DEPRESSÃO, torna-se ANTISSOCIAL e mal humorado. A DOR NAS COSTAS também pode ter início rápido e agudo, geralmente motivada por um movimento brusco referido como "MAU JEITO" ou queda.

Os fatores de risco para a DOR NAS COSTAS estão associados em geral, Ao tipo de trabalho;Ao condicionamento físico e à saúde em geral; À personalidade e ao estado do indivíduo na sociedade.

Flexibilidade


Flexibilidade pode ser definida como a capacidade dos tecidos corporais em permitir, sem danos ou lesões, a ampla movimentação em uma articulação ou grupos de articulações, ou então, como a capacidade de uma articulação mover-se com facilidade em sua amplitude de movimento. Embora exista vasta literatura científica sobre o assunto, ainda não há consenso quanto a definição precisa da flexibilidade e outras definições podem ser encontradas.
A flexibilidade não se apresenta de modo uniforme nas diversas articulações e nos movimentos corporais, sendo comum, em um dado indivíduo, que sua amplitude máxima seja boa para determinados movimentos e limitada para outros, representando o que se convencionou denominar especificidade da flexibilidade. Ela também é específica para o tipo de ação realizada pela articulação (a habilidade de realizar a abertura frontal não implica a habilidade de se realizar a abertura lateral, mesmo que os dois movimentos ocorram no quadril).
Existem dois tipos de flexibilidade, a ativa e a passiva, na ativa é a maior amplitude de movimento alcançada usando apenas a contração dos músculos agonizas e sinergistas, enquanto os antagonistas são alongados. O desenvolvimento deste tipo de flexibilidade pode ser mais difícil pois requer a flexibilidade passiva para assumir a posição inicial e da contração dos músculos agonizas para mantê-la. Algumas atividades que necessitam o desenvolvimento deste tipo de flexibilidade são: Ginástica rítmica, Ginástica olímpica, Ballet, Artes marciais. Enquanto na passiva é a maior amplitude de movimento que se pode assumir utilizando forças externas, por exemplo: peso do corpo, a ajuda de um parceiro, o uso de aparelhos, entre outros. Isto é o que vem à mente quando a maioria das pessoas pensa sobre flexibilidade. A flexibilidade passiva é sempre maior que a flexibilidade ativa, e a diferença entre as duas é chamada de "reserva de movimentos".
A muitos fatores que alteram a flexibidade, entre eles estão, Tecido conjuntivo, Estrutura articular, massa muscular, idade, sexo e temperatura. Os benefícios de uma boa flexibilidade são Profilaxia de lesões;Profilaxia postural, profilaxia de desequilíbrio muscular; Otimização das capacidades motoras condicionantes e coordenativas.

Fadiga muscular


Fadiga muscular é o cansaço do músculo, durante os exercícios prolongados está tradicionalmente associada a mecanismos que resultam numa disfunção no processo de contração muscular. Quando acontece uma variação muito grande entre os pares de músculos, as lesões se instalam sem dó. O joelho é uma das maiores vítimas desse descuido. Para evitar a fadiga muscular, vocês tem que fazer muito bem o trio alongamento, fortalecimento e relação de força muscular. Isso funciona para toda atividade física. O principal sintoma é emocional, que pode se manifestar com irritabilidade, apatia, problemas alimentares e distúrbios do sono. Seguido a esses sinais surgem as dores ou lesões musculares. Este é o aviso mais eminente de que o organismo não está conseguindo se recuperar das atividades.

Força muscular


Força muscular é a capacidade de exercer força/tensão máxima para um movimento corporal. O aumento da força é gradual é um fator muito importante para o seu aumento é a adaptação neural (melhoria da coordenação e eficiência do exercício físico). O aumento da massa muscular é determinante no aumento da força.
Quando um músculo executa um trabalho que exige algumas repetições, esse trabalho precisa de resistência muscular ou resistência da força. Todos precisam de resistência muscular à carregar qualquer objeto por um longo tempo.
Para melhorar a força precisamos fazer exercícios regulamentes, num nível mais intenso que o normal. Os exercícios que desenvolvem a força e a resistência muscular podem ser classificadas em três grupos, chamados de; isotônicos ou dinâmicos, isométricos ou estáticos e isocinéticos, sendo que cada um serve para coisas diferentes.

- Importância da força muscular para a saúde 

Uma boa condição muscular proporciona maior capacidade para realizar as atividades diárias com mais eficiência e menos fadiga. Também permite realizar atividades esportivas com melhor desempenho e menor risco de lesões, além de ajudar a manter uma boa postura.
Músculos fortes também protegem as articulações, resultando em menor risco de lesões ligamentares e problemas como dores nas costas (lombalgias). A partir da meia idade, bom nível de força muscular ajuda a prevenir a osteoporose e as quedas, preservando a independência das pessoas durante o envelhecimento.
É particularmente importante o desenvolvimento e a manutenção de boa condição muscular de membros superiores, pois a maioria das atividades da vida diária envolve algum grau de força e resistência muscular. Exercícios com cargas moderadas (40-60% do máximo) são suficientes para desenvolver e manter a resistência muscular, preservando a massa muscular durante os programas de emagrecimento e reduzindo as perdas de tecido muscular durante o processo de envelhecimento.


- Treinamento da força muscular
Para ganhar esta massa automaticamente você estará ganhando também força, pois o exercício que você faz na academia você precisa forçar o seu músculo e com isso vão ganhando força e consequentemente você acaba ganhando juntamente com os músculos força. Portanto quando você for a uma academia para malhar o que você tem que fazer é pedir auxílio, assim irá fazer os exercícios corretamente sem ter perigo de fazer algo que possa prejudicar sua musculatura.
Existem duas formas as quais você pode fazer para ganhar força, a primeira com pesos livres, ou seja, são aqueles exercícios que você utiliza os halteres, as barras que existem na academia e claro o seu próprio corpo. Isso trabalha vários músculos e simultaneamente. E a segunda opção são os exercícios que são feitos nas máquinas de musculação que serve para trabalhar cada músculo do seu corpo. Para ajudar procure tomar um bom suplemento alimentar para ganhar mais massa muscular.


Músculo e ação

São os músculos do nosso corpo que permite que nos movemos, ele que exerce força. São os músculos que nos permite uma postura ereta.
Cada músculo é um conjunto de fibras envolvidas por uma película de tecido conjuntivo, chamada de fibra muscular. Essa película envolve as fibras em três níveis, chamados de endomísio, perimísio e epimísio.
Existem três tipos de tecidos muscular no corpo humano,os que servem para sustentar e mover o corpo são chamados de músculos esqueléticos ou então de estriados, e estão ligados aos ossos por mio de tendões, eles são mais de 600 e fazem uma parte significativa do nosso corpo, cerca de 40% da massa dos homens e um pouco menos para mulheres. Tem também os músculos lisos, que fazer parte das paredes dos vasos e os órgãos internos, não respondem ao nosso comando, contraindo ou relaxando involuntariamente. E tem ainda o músculo cardíaco, que mesmo sendo parecido com o músculo estriado, também não depende da nossa vontade para contrair, sendo controlado por estímulos endócrinos e nervosos autônomos.
Os músculos tem o papel de converter energia química em força e trabalho mecânico. A energia usada na contração muscular é vinda da quebra de uma substância feita de ligações químicas altamentes energéticas: chamando de adenosina trifosfato. 

Nossos músculos são compostos por dois tipos principais de fibras musculares, geralmente chamadas de fibras vermelhas, e fibras brancas. A predominância de um ou de outro é dado pela genética da pessoa, isso quer dizer que corredor maratonista, já nasce com essa característica, ou seja, fibra vermelha.

domingo, 4 de novembro de 2012

Dicas de como controlar o Estresse



 1.   Identifique as fontes do estresse - Tente descobrir os desencadeantes. Você se sente ansioso antes de uma prova? Está com a agenda cheia de compromissos? Talvez você esteja além do limite, e se sente irritado e cansado. Após identificar as fontes, tente minimizá-las o máximo possível.
2.   Fale e compartilhe - Explique ao seu professor que está tendo problemas com alguma matéria, por exemplo. Converse com amigos sobre como está se sentindo. Expor os sentimentos sem ser julgado é essencial para manter uma boa saúde mental e lidar melhor com estresse.
3.   Reserve mais tempo para você -Antes que você chegue ao limite máximo, procure um tempo para ficar só. Um tempo para fazer o que quiser, longe das preocupações e responsabilidades do mundo. As vezes este tempo tem que ser obrigatório, ou seja, reservado para uma atividade de relaxamento ou lazer.
4.     Defina limites - Não tenha medo de dizer “não” antes de assumir grande número de compromissos, especialmente se você está equilibrando seu tempo entre faculdade, trabalho e atividades extracurriculares. É importante saber definir as prioridades, para não se sobrecarregar. Dizer “não” pode, alem de ajudá-lo a controlar o estresse, dar-lhe mais controle sobre sua vida.
5.     Controle a respiração - Respirar pode medir e alterar o seu estado psicológico, fazendo um momento estressante aumentar ou diminuir de intensidade. Prestando atenção em sua respiração. Inspirar profundamente e em seguida soltar o ar lentamente é uma excelente técnica para se sentir mais relaxado.
6.     Exercite-se diariamente - Exercícios aumentam a liberação de endorfina, substancias produzidas naturalmente no cérebro que trazem sentimentos de tranqüilidade. Muitos estudos mostram que o exercício, juntamente com o aumento da liberação de endorfina realmente faz aumentar a confiança e auto-estima e reduzir as tensões. Além do mais, se você já andou por vários quilômetros, você sabe como é difícil pensar em seus problemas, quando a sua mente está focada em andar.

Eustress e Distress

Você está “distressado(a)” ou “eustressado(a)”? Não entendeu nada? Mas sabe que tem a ver com estresse, não? Pois bem, o famoso estresse é uma epidemia global, reflexo de um tempo em que somos diariamente convocados a lidar com novas informações, a cada segundo. Originada da palavra inglesa “stress”, o estresse é um esforço de adaptação do nosso organismo a situações negativas ou positivas. Este quadro também é vivenciado por outras classes de seres vivos na natureza.
O Eustress é o estresse positivo e o Distress, o negativo. Quando estamos apaixonados, ganhamos na Loteria ou nosso chefe chato foi transferido, sentimos uma sensação boa, o eustress. Mas quando não temos aquela promoção dentro da empresa que tanto aguardávamos; quando nosso filho está doente e temos que ir trabalhar; quando estamos atolados de dívidas e nosso salário continua congelado, aparece então o distress. Todos os dias temos os dois tipos, e a relação entre eles determina nosso grau de saúde. A busca desse equilíbrio depende, basicamente, da personalidade de cada indivíduo e de sua capacidade de adaptação.
De acordo com o médico Hans Selye, que transpôs o termo da Física para a Medicina e Biologia, o estresse apresenta três fases principais, que são:
1ª- Alarme - Quando o organismo tenta se proteger do perigo percebido, do agressor (tanto emocional quanto físico). Nesta fase, se a pessoa conseguir se equilibrar, o organismo volta a funcionar normalmente. Caso contrário ela entra na fase dois.
2ª Resistência – Quando o organismo consome energias na tentativa de buscar o equilíbrio. Com isto, as conseqüências variam de perda da imunidade à supressão de funções corporais. Este período pode levar à terceira fase.
3ª Exaustão ou Esgotamento – Quando aparecem as doenças, como alergias, úlcera, gastrite, depressão, alterações no sono, lapsos de memória e envelhecimento. Nesta fase, faz-se necessário o acompanhamento médico, uma vez que a doença instalada poderá ser reversível, crônica ou fatal.
Quem não sabe de histórias, ou viveu na própria família, caso de pessoas que morreram de repente, por enfarte, derrame? São casos de estresse total. Mas esta não é a sua característica. Geralmente ele se instala devagar. Temos que estar sempre alertas para sintomas que pensamos estar debelados, mas que na verdade continuam lá dentro, em nosso interior. Muitas vezes deixamos de ter aquela dor de estômago que nos incomodava, mas, em compensação, sem perceber, nos tornamos irritados, impacientes e perdendo o sentido da vida. Aí é que “mora o perigo”.
Estresse ideal: Quando a pessoa aprende o manejo do quadro e gerencia a fase de alerta de modo eficiente, alternando entre estar em alerta e sair do alerta. Para quem aprende a fazer isto “o céu é o limite”. O organismo, depois do quadro de alerta, precisa se recuperar. Após esta recuperação, não há dano em entrar de novo em alerta. Se não há um período de recuperação, doenças começam a ocorrer, pois o organismo se exaure e o estresse fica excessivo.

O Estresse - Parte 2


Problemas Causados pelo Estresse

O estresse pode ser causador e/ou agravador de uma série de doenças, que vão da asma, às doenças dermatológicas, passando pelas alérgicas e imunológicas; todas elas relacionadas de alguma forma à ativação excessiva e prolongada do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal.
Na área do sistema digestivo, é sabido por todos que o estresse pode desencadear desde uma simples gastrite, até uma úlcera: o famoso cirurgião Alípio Corrêa Neto, da USP e da Escola Paulista de Medicina (hoje Universidade Federal de São Paulo), dizia que se alguém afirmasse, há 20 anos atrás, que a úlcera péptica era psicossomática (leia-se somatoforme), ririam dele; hoje, se deixasse de dizê-lo, ririam dele. 
Mas, é principalmente a nível de coração, ou mais precisamente, a nível das coronárias, que o estresse pode ser um matador silencioso. 
Uma ativação repetida e crônica do sistema nervoso autônomo, numa pessoa que já tenha problemas de lesão da camada interna das arterias coronárias (aterosclerose), provocadas por fumo, gordura excessiva na alimentação, obesidade ou colesterol elevado, etc., vai levar a muitos problemas, tais como:
  • diminuição do fluxo sangüineo adequado para manter a oxigenação dos tecidos musculares cardíacos (miocárdio). Isso leva à chamada isquemia do miocárdio, que é acompanhada de dores no coração (angina), principalmente quando se faz algum esforço, e até ao infarto do coração (ataque cardíaco), provocado pela morte das células musculares do coração, por falta de oxigênio. A adrenalina tem o poder de contrair esses vasos, agravando o problema de quem já os tem com o diâmetro reduzido pelas placas. O resultado para essas pessoas pode ser até a morte, que muitas vezes acompanha um estresse agudo.
  • Outros problemas comuns são a ruptura da parede dos vasos enfraquecidos pela placa aterosclerótica, ou a trombose (entupimento completo do vaso coronariano). Um pequeno coágulo (trombo) pode desencadear uma cascata de coagulação, que também pode levar à morte. O nível elevado de adrenalina também pode provocar alterações irregulares do ritmo cardíaco, denominadas de arritmias ("batedeira"), que também diminuem o fluxo de sangue pelo sistema cardiovascular.

Sintomas psíquicos

Nas ocasiões estressantes, e mesmo fora delas, manifesta-se uma gama de reações de ordem psicológica e psiquiátrica. Ou, pelo menos temporárias, perturbações de comportamento ou exacerbação de problemas sociopáticos.

Os problemas ansiosos com a sintomatologia clínica, além de irritabilidade, fraqueza, nervosismo, medos, ruminação de idéias, exacerbação de atos falhos e obsessivos, além de rituais compulsivos, aumentam sensivelmente. A angústia é comum e as exacerbações de sensibilidade com provocações e discussões são mais freqüentes.

Do ponto de vista depressivo, a queda ou o aumento do apetite, as alterações de sono, a irritabilidade, a apatia e adinamia, o torpor afetivo e a perda de interesse e desempenhos sexuais são comumente encontrados.
Existem também as "fugas", que todos conhecemos. Quando não se apela para a auto-medicação com ansiolíticos (um perigo!), a pessoa refugia-se na bebida e mesmo no consumo de drogas ilícitas de uso e abuso, além de aumentar a quantidade de cigarros fumados, quando for fumante.
São estas as condições da derrocada à qual o estresse leva a pessoa, principalmente quando esta tiver uma personalidade hiperativa.


O Estresse - Parte 1


O que é o estresse?

Estresse é a reação do corpo diante de sensação de ameaça, seja ela interna ou externa, desencadeando uma descarga muito alta de adrenalina. Esse hormônio acaba estimulando a liberação de outros pelo organismo, o que pode acarretar diversas alterações em seu funcionamento
Estar sujeito a situações de estresse não quer dizer, porém, que se tenha necessariamente algum tipo de implicação séria na saúde. O problema mais grave ocorre quando se constata um caso de estresse agudo ou crônico. Aí, o que há é uma ultrapassagem no limite psicológico da pessoa, seja por um acontecimento pontual - a morte de um parente, por exemplo -, seja por exposição prolongada a situações estressantes. Nesse caso, a pessoa reage fisicamente como se estivesse em momentos de perigo o tempo todo.

Sintomas Associados ao estresse
- Dor de cabeça
- Dores Musculares
- Insônia
- Ansiedade
- Irritabilidade
- Outros

Doenças Associadas ao estresse
- Hipertensão arterial
- Infartos agudos do Miocárdio
- Derrames cerebrais
- Câncer
- Úlceras
- Outros